02/09/2016

Moedas das Ex-Colónias Portuguesas emitidas em 1939

S. Tomé e Príncipe 

1 escudo (Alpaca)


KM# 4; AG - ST.12.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Cuproníquel (Cu 800, Ni 200)
Dia. 26,8 mm; peso 8 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal

Moedas emitidas 100.000

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2$50 Escudos (Prata)


KM# 5; AG - ST.15.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 650)
Dia. 20 mm; peso 3,5 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 80.000

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5 Escudos (Prata)


KM# 6; AG - ST.18.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 650)
Dia. 25 mm; peso 7 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal

Moedas emitidas 60.000

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10 Escudos (Prata)


KM# 7; AG - ST.22.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 650)
Dia. 30 mm; peso 12,5 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 40.000

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A Emissão de Escudos de 1939

Na sequência da reforma dos símbolos coloniais (entre os quais os brasões das várias colónias) e da uniformização do Escudo em circulação nos vários territórios iniciada em Moçambique, foi também autorizada a emissão de moedas de escudo com os valores de 1$, 2$50, 5$ e 10$ para São Tomé e Príncipe.
Estas moedas muito semelhantes em termos de desenho e estrutura com as que circularam nas outras colónias foram as primeiras a apresentar o brasão de São Tomé e Príncipe. As novas moedas cunhadas em prata (2$50, 5$ e 10$) apresentavam no anverso os distintivos da Ordem do Império a preencher o campo, com a legenda “República Portuguesa” e a era de cunhagem.
No reverso, surgia o brasão de São Tomé e Príncipe envolvido pela legenda “Colónia de S. Tomé e Príncipe” e o valor da moeda, a moeda de 1$00 cunhada em Cuproníquel apresentava no anverso o campo com o valor facial, envolvido pela legenda “República Portuguesa”. O reverso era semelhante ao descrito para as moedas de prata, substituindo-se o valor pela era de cunhagem.

Viagem presidencial em 1939


Em 17 de Junho de 1939, teve lugar a cerimónia da partida do Presidente da Republica. General Óscar Carmona para uma viagem presidencial às colónias Portuguesas de Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola, incluindo uma visita à união Sul-Africana.
Esta que seria a 2ª viagem às colónias do chefe de estado, a primeira tinha ocorrido entre 11 de Junho e 30 de Agosto de 1938 a S. Tomé e Príncipe e Angola.
Nesta viagem, o General Óscar Carmona seria acompanhado pelo Ministro das Colónias, Dr. Francisco José Vieira Machado.
De forma A assinalar para a posteridade o acto histórico, foi decidido gravar na pedra das duas colunas do “Cais das colunas” de Lisboa uma mensagem do Presidente da República:

«AQUI EMBARCOU O CHEFE DO ESTADO PARA A PRIMEIRA VIAGEM ÀS TERRAS ULTRAMARINAS DO IMPÉRIO: SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE E ANGOLA
XI DE JULHO – XXX DE AGOSTO DE MCMXXXVIII
COM A CERTEZA DE QUE FALA PELA MINHA VOZ PORTUGAL INTEIRO, PROCLAMO A UNIDADE INDESTRUTÍVEL E ETERNA DE PORTUGAL DE AQUÉM E ALÉM MAR – GENERAL CARMONA»

E outra do Presidente do conselho:

«A SEGUNDA VIAGEM DO CHEFE DO ESTADO ÀS TERRAS ULTRAMARINAS DO IEPÉRIO: CABO VERDE, MOÇAMBIQUE E ANGOLA
XVII DE JUNHO – XII DE SETEMBRO DE MCMXXXIX
A VIAGEM DO CHEFE DE ESTADO ÀS TERRAS DO IMPÉRIO EM ÁFRICA ESTÁ NA MESMA DIRECTRIZ DAS NOSSAS PREOCUPAÇÕES E FINALIDADE, É MANIFESTAÇÃO DO MESMO ESPÍRITO QUE PÔS DE PÉ O ACTO COLONIAL – SALAZAR»

O regresso do general Óscar Carmona, em 12 de Setembro de 1939, seria obscurecido pelos ventos que já sopravam da Europa: começara a segunda guerra mundial, mas para Portugal, as memórias dessas duas viagens seria guardada para sempre naquela entrada simbólica de Lisboa. 

 Coluna com gravações da mensagem do General Óscar Carmona 
  Coluna com gravações da mensagem do Presidente do Conselho Salazar
Chegada do paquete “Colonial” frente à Praça do Comércio
Cartaz de propaganda do Estado Novo “Centenário da fundação da pátria portuguesa”

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