22/11/2016

Moedas das Ex-Colónias Portuguesas emitidas em 1945

Moçambique

50 centavos (Bronze)

KM# 73; AG - MÇ.10.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30, Sn 20)
Dia. 22,8 mm; peso 4 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 2.500.000

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1 Escudo (Bronze)

KM# 74; AG - MÇ.15.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30, Sn 20)
Dia. 26,8 mm; peso 7,5 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 2.000.000

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Timor

10 Avos (Bronze)

KM# 5; AG - TM.01.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30, Sn 20)
Dia. 20,5 mm; peso 3 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 500.000

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20 Avos ( Alpaca)

KM# 6; AG - TM.02.01
Autor: José Simões de Almeida (sobrinho)/Alves do Rego
Características: Alpaca (Cu 610, Zn 200, Ni 190)
Dia. 26,8 mm; peso 8 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 50.000

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50 Avos (Prata)

KM# 7; AG - TM.03.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 650)
Dia. 20 mm; peso 3,5 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 150.000

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Emissão de Moedas em Patacas (Avos)


Depois de uma contínua manutenção das necessidades monetárias do território timorense assegurado por emissões de Papel-moeda ou pela utilização de material circulante oriundo de territórios envolventes, procedeu-se finalmente à emissão de moedas portuguesas para o território. Esta primeira emissão seguiu o padrão Pataca, apresentando três denominações: 10 avos, 20 avos e 50 avos. A economia local sofria muito com a falta de numerário circulante, havendo claramente uma ocupação definitiva do território por parte de Portugal algo que poucas décadas antes não era uma realidade. Assim, e para rápida resolução foi autorizada as emissões de notas de Macau com sobrecarga “PAGÁVEL EM TIMOR” com os valores de 5, 25 e 100 Patacas, foi emitida Cédula com o valor de 1 Pataca produzida especificamente para o território (ver ponto seguinte) e as moedas referidas. O montante total de emissão inicialmente autorizado foi de 65 000 Patacas, sendo 100 000 moedas de 50 avos em prata, 50 000 moedas em alpaca de 20 avos e 50 000 moedas de 10 avos em bronze. Estes limites previstos no decreto-lei 35 754 de 19 de Julho de 1946, estavam de acordo com o mesmo decreto passíveis de serem elevados até um total de 2 000 000 de Patacas e em caso de necessidade extrema a 8 000 000 de Patacas. As moedas de 10 avos apresentavam no anverso as cinco quinas, tendo na orla a legenda “REPÚBLICA PORTUGUESA” e era de cunhagem. No reverso a indicação do valor, com representação no exergo de ramos de loureiro, e colocado à volta do valor a legenda “COLÓNIA DE TIMOR”. As moedas de 20 avos apresentavam no anverso a efígie da República, e na orla a era de fabrico e a legenda “REPÚBLICA PORTUGUESA”. No reverso surgia o escudo nacional laureado, e abaixo deste a indicação do valor e a legenda “COLÓNIA DE TIMOR”. As moedas de 50 avos apresentavam no anverso a era do fabrico sobre o distintivo da Ordem do Império Colonial envolvido pela legenda “REPÚBLICA PORTUGUESA”. No reverso a indicação do valor, ornado com ramos de loureiro e a legenda “COLÓNIA DE TIMOR”.

O território timorense sempre sofreu com a distância em relação à Metrópole. Descoberto pelos portugueses em 1512, foi pela primeira vez descrita em documentos oficiais em carta de Rui de Brito Patalim a D. Manuel I em 1514. Inicialmente o interesse pela ilha resumia-se ao comércio. Os portugueses procuravam vários dos recursos locais, nomeadamente sândalo.
Posteriormente Portugal levou até Timor a religião católica, tendo os Dominicanos sido os primeiros colonizadores portugueses ao instalarem-se no território em Lifau (na área do distrito actual de Oecussi) em 1556. Apenas em 1702 a colonização efectiva do território foi iniciada com a chegada do primeiro governador português ao território. Em 1859 pelo Tratado de Lisboa foi feita a demarcação das possessões portuguesas e holandesas da região. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, embora Portugal tenha permanecido neutral, o território foi primeiro ocupado por tropas australianas e holandesas em 1941, a pretexto de impedir uma invasão japonesa, a qual ocorreu em 1942. Entre 1942 e 1943 tropas portuguesas, aliadas e locais avançaram para confronto sob a forma de Guerrilha, sem grande resultado prático. Após a rendição japonesa, Portugal recuperou a sua antiga possessão a qual sofreu de forma evidente com as ocupações estrangeiras. 

Brasão de Timor

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