25/11/2016

Moedas das Ex-Colónias Portuguesas emitidas em 1946

Guiné

50 centavos V Centenário da descoberta (Bronze)

KM# 6; AG - GU.07.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 960, Sn 20, Zn 20)
Dia. 22,8 mm; peso 4 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 2.000.000

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1 Escudo V Centenário da descoberta (Bronze)

KM# 7; AG - GU.10.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 960, Sn 20, Zn 20)
Dia. 26,8 mm; peso 7,5 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 2.000.000

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Emissão Comemorativa da Descoberta da Guiné


Tendo em 1945 sido autorizada a emissão de 3000 contos de moedas de 1$ e $50 para fazer face à falta de numerário na Guiné, ocorreu a ideia por parte do governador Manuel Maria Sarmento Rodrigues de integrar esta emissão no plano comemorativo do V Centenário da Descoberta da Guiné a correr em 1946. Esta emissão comemorativa em moedas de bronze com o desenho de Marcelino Norte de Almeida apresentavam, no anverso as armas da colónia da Guiné com a legenda “Guiné – V Centenário da Descoberta”. No reverso, no campo a designação do valor e a legenda “República Portuguesa” com as datas 1446-1946.
A chegada efectiva à Guiné propriamente dita, também denominada Terra dos Negros, deu-se no ano de 1444, iniciando-se a partir desta data a jornada pela costa que lhe corresponde. Contudo, nesta altura o conceito que se fazia da Guiné era muito mais lato, abrangendo grande parte da costa ocidental africana conhecida. Pode dizer-se que foi com a passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes, em 1434, que se iniciou o percurso até à chegada à Guiné. O facto de ter tardado deve-se, em parte, à tentativa frustrada de tomar Tânger e das disputas sucessórias que sobrevieram à morte de D. Duarte, em 1438. Somente três anos depois desta data se torna a investir na exploração da zona costeira ocidental de África e, desta feita, inaugurando-se o uso da caravela. Sucedem-se à chegada de Nuno Tristão à foz do rio Senegal, que faz fronteira entre a região deste nome e a Guiné, a descoberta de Cabo Verde, o Cabo dos Mastros um ano depois, o rio Casamansa e a enseada de Varela em 1446, por Álvaro Fernandes. Estêvão Afonso chegou ao rio Gâmbia igualmente em 1446 (tendo este navegador descoberto também as ilhas ocidentais do arquipélago cabo-verdiano em 1460-1462), e no seguinte ano a zona do rio Jumbas e da ilha de Gorée foram explorados por Fernando Afonso e por Valarte. Passando a fase inicial de descoberta, procedeu-se ao trato pacífico com os autóctones, com a intenção de comerciar vantajosamente, destacando-se neste âmbito Diogo
Gomes. Também a pesquisa avança gradualmente para o interior, não se limitando às costas e chegando à Senegâmbia, e se continua com a navegação costeira, sendo já em 1460 conhecida a Serra Leoa e a Mata de Santa Maria. Doze anos depois termina a exploração da costa guineense, com a ajuda do mercador Fernão Gomes (contratado pela Coroa em 1468 para explorar 100 léguas anuais) e a chegada à Costa do Ouro, depois de se explorar o Cabo das Palmas.


Bloco de selos alusivos ao “V Centenário da descoberta da Guiné”

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