12/08/2017

Moedas de Portugal emitidas no ano de 1966

X Centavos (Bronze)

KM# 583; AG - R.10.27
Autor: Marcelino Norte Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30 Sn 20)
Dia. 17,5 mm; peso 2 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 10.200.000

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XX Centavos (Bronze)

KM# 584; AG - R.16.22
Autor: Marcelino Norte Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30 Sn 20)
Dia. 20,5 mm; peso 3 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 8.075.000

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50 Centavos (Alpaca)

KM# 577; AG - R.20.27
Autores: José Simões de Almeida e Alves Rego.
Características: Alpaca (Cu 610; Zn 200; Ni 190)
Dia. 22,8 mm; Peso 4,5 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 6.085.000

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1 Escudo (Alpaca)

KM# 578; AG - R.25.21
Autores: José Simões de Almeida e Alves Rego.
Características: Alpaca (Cu 610; Zn 200; Ni 190)
Dia. - 26,8 mm; Peso 8 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 2.607.000

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2$50 Escudos (Cuproníquel)

KM# 590; AG - R.31.05
Autor:  Marcelino Norte Almeida
Características: Cuproníquel (Cu 750, Ni 250)
Dia. 20 mm; Peso 3,5 g; Bordo serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas: 3.828.000

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5 Escudos (Cuproníquel)


KM# 591; AG - R.37.04
Autor: Marcelino Norte Almeida
 Características: Cuproníquel (Cu 750, Ni 250)
Dia. 24,5 mm; Peso 7 g; Bordo serrilhado; Eixo horizontal
Moedas emitidas: 8.120.000


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20 Escudos Ponte Salazar (Prata)

KM# 592; AG - R.51.01
Autor: Jaime Martins Barata, Gravador: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 650)
Dia. 30 mm; peso 10 g; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 2.000.000
(4 exemplares em ouro)

Com a introdução do decreto que autorizou a emissão comemorativa do valor de 20$00 relativa à nova ponte sobre o Tejo, a construção da ponte sobre o Tejo, encontrava-se praticamente concluída, assim em face do significado especial do acontecimento, decidiu o Governo assinalar a inauguração da nova ponte com a cunhagem de uma moeda de prata.
A subida do preço da prata que se verificada desde 1964 inviabilizou, no entanto, a manutenção das características físicas das moedas comemorativas de 20$00 cunhadas em 1953, bem como levou ao estudo de uma nova moeda corrente do mesmo valor, com peso e diâmetro mais reduzidos (prata de toque 650 por 1000, peso de 10 g e diâmetro de 30 mm). Depois de uma mal sucedida tentativa de se cunhar em 1965 uma moeda comemorativa do 5.º aniversário da morte de Gil Vicente e de outra proposta semelhante em 1966, para se assinalar o centenário da abolição da pena de morte em Portugal, que não teve seguimento no Ministério das Finanças, foi autorizada nesse ano uma moeda comemorativa alusiva à inauguração da Ponte Salazar sobre o Tejo, em Lisboa. Para a nova moeda, a Casa da Moeda sugeriu, em Março de 1966, que tivesse o valor facial de 50$00, diferenciando-se, assim, da então projetada moeda corrente de 20$00. Muito à semelhança do ocorrido em 1953, com a moeda comemorativa da Renovação Financeira, a solução adotada foi de compromisso: enquanto não fosse autorizada a nova moeda corrente, seria cunhada uma versão comemorativa do mesmo valor. Os desenhos para esta moeda, da autoria do arquiteto Martins Barata, foram enviados à casa da Moeda pelo Gabinete da Ponte, tendo sido modelados em gesso e gravados no metal pelo mestre Marcelino Norte de Almeida.
Além dos 2 milhões de exemplares emitidos, foram também cunhados quatro exemplares de ouro, um dos quais destinado ao Museu Numismático Português. Pese a beleza do desenho selecionado, esta não foi uma moeda bem recebida pelo público, a quem não agradaram o seu pequeno diâmetro e peso, dando uma imagem de degradação do valor monetário dos 20 escudos.


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Portugal em 1966



Julho de 1966. Portugal chega, pela primeira vez à fase final de um Campeonato do Mundo de Futebol. Depois de, na fase de qualificação, ficar à frente da Roménia, Checoslováquia e Turquia, em Inglaterra a seleção de Otto Glória derrotou a Hungria, a Bulgária e até o poderoso Brasil, campeão do mundo em título. Sempre com três golos. Nos quartos de final, contra a Coreia do Norte, Portugal protagonizou uma reviravolta épica. Os coreanos começaram o jogo a marcar e aos 25 minutos já levavam três golos de avanço. Aos 27, Eusébio marcou o primeiro de quatro golos da conta pessoal. José Augusto fechou a contagem nos 5-3.
Uma imagem correu o mundo, depois da meia final contra a Inglaterra, anfitriã do torneio. Eusébio chora a derrota da seleção nacional. O golo que marcou, aos 82 minutos, não foi suficiente para levar Portugal à final. Inglaterra ganhou o jogo por 2-1 e, dias mais tarde, sagrou-se campeã do mundo. Faltou sorte e força ao sonho mais lindo do futebol português. Portugal acabou o mundial em terceiro lugar, depois de derrotar a Rússia por 2-1. Foi a melhor prestação da seleção portuguesa em campeonatos do mundo. A 1 de agosto, “Os Magriços” regressaram a casa com as medalhas de bronze ao peito e foram recebidos com enorme entusiasmo em Lisboa.
Os magriços no mundial de 66


Lisboa e Almada ficaram mais próximas em agosto de 1966, quando a agora chamada Ponte 25 de Abril nasceu no alto dos seus 70 metros acima do rio Tejo.
O primeiro automóvel a circular ao longo dos quase 2.300 metros do tabuleiro da Ponte Salazar, mais tarde rebatizada de Ponte 25 de Abril, foi um carro da Polícia de Viação e Trânsito, que fazia segurança do carro onde seguia a mulher de Américo Tomás, presidente da República na altura, e de um outro carro no qual viajava António de Oliveira Salazar. Só às 15 horas é que o povo português pode circular na ponte que custou à época dois milhões e 200 mil contos (cerca de 11 milhões de euros): o primeiro carro civil a atravessar a ponte para “a outras banda” foi um Austin-Seven verde com a matrícula “DC–72–48”. Nas primeiras dez horas, seguiram-se 50 mil automóveis e cerca de 200 mil pessoas a bordo deles.
A construção de uma ponte sobre o Tejo era um plano muito antigo do Governo português, mas apenas nos anos cinquenta é que foram dados passos efetivos nesse sentido. O engenheiro José Estevão Canto Moniz, que viria a ser ministro da Comunicação, abriu um concurso internacional que recebeu quatro projetos. Em 1960, a empresa norte-americana United States Steel Export Company ganhou os direitos de construção, vinte e cinco anos depois de ter enviado para Portugal um primeiro plano de construção para uma ponte suspensa no rio Tejo.
A construção começou em 1962 e terminou quatro anos mais tarde. Muitos compararam-na à Golden Gate de S. Francisco nos Estados Unidos, principalmente por causa da cor, da forma e dos materiais da ponte. Mas, na verdade, inspirou-se na ponte erguida na Baía de Oakland, também ela em São Francisco, pela mesma empresa. Desta última herdou a disposição dos ferros dos pilares, em “X”.

Cartaz colocado junto ao local das obras
Construção da ponte
Comitiva presidencial na inauguração da ponte Salazar

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