19/02/2016

Moedas de Portugal emitidas no ano de 1916

20 Centavos (Prata) 

KM# 562; AG – R.12.02
Autor: José Simões de Almeida (Sobrinho)
Características: Prata (Ag 835) 
Dia. 24 mm; Peso 5 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas 706.225

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50 Centavos (Prata) 


KM# 561; AG – R.18.05
Autor: José Simões de Almeida (Sobrinho) 
Características: Prata (Ag 835)
 Dia. 30 mm; Peso 12,5 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas 5.079.935

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1 escudo (Prata) 


KM# 564; AG – R.23.02
Autor: José Simões de Almeida (Sobrinho)
Características: Prata (Ag 835) 
Dia. 37 mm; Peso 25 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas 1.405.374

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Portugal em 1916:



A 6 de Março de 1916, o governo do Império Alemão, dá ordens ao seu embaixador em Lisboa para apresentar a declaração de Estado de Guerra entre o governo do Império Alemão e o governo da República Portuguesa. A declaração de guerra da Alemanha a Portugal, pode afirmar-se que foi provocada pelas iniciativas portuguesas contra a Alemanha, com o objectivo aparente de levar o país à guerra, sem assumir o ónus da declaração propriamente dita.
A entrada de Portugal na guerra, entende-se melhor quando se recua alguns anos no tempo e se constata que os problemas económicos e financeiros do país, tinham levado duas das principais potências europeias a negociar secretamente a divisão das duas principais parcelas do império português entre si. Tratava-se da Grã Bretanha e da Alemanha.
A posição portuguesa nos primeiros anos do século foi complexa, até que em 1914, a guerra levou alemães e britânicos a ficar de lados opostos. Nessa altura, o governo português estava tremendamente fragilizado, após a chegada de um grupo de políticos republicanos inexperientes ao poder, logo que rebentou a guerra, o governo Português aproveitou imediatamente a situação para tentar uma aproximação à Grã Bretanha. No entanto, a entrada de Portugal na guerra não era de imediato do interesse dos britânicos, pelo que Portugal continuou à margem, embora tivesse várias vezes feito saber junto dos aliados ocidentais (França e Grã Bretanha), que o país estava interessado em entrar no conflito. A altura chegou após o dia 17 de Fevereiro de 1916. Nesse dia, a Grã Bretanha accionou mais uma vez o Tratado de Windsor, a mais antiga aliança militar do mundo, para pedir a Portugal que capturasse os navios alemães em portos portugueses, para ajudar no esforço de guerra. A guerra no Atlântico tinha atingido um ponto preocupante, com submarinos alemães a destruir muitos dos navios mercantes britânicos, ameaçando a linha vital de abastecimentos que vinha do império até às ilhas britânicas. Os portugueses não se fizeram rogados e apenas 6 dias depois.
A 23 de Fevereiro de 1916, um destacamento da Armada portuguesa subiu a bordo dos navios alemães e austríacos que se encontravam no estuário do Tejo e, com honras militares, fez içar a bandeira portuguesa.
Ao aprisionamento dos navios seguiu-se o protesto dos alemães, mas os portugueses não se demoveram. Afinal, o objectivo do governo português era exactamente o de garantir que a Alemanha declarava guerra a Portugal e não o contrário, pois assim, mais facilmente se poderia unir o país em torno de uma causa comum.

O plano funcionou, a declaração de guerra é entregue em Lisboa, pelo embaixador alemão.

A 24 de Maio, o ministro da Guerra, Norton de Matos, publicou um diploma ordenando o recenseamento militar obrigatório de todos os cidadãos com idades compreendidas entre os 20 e os 45 anos. Foram então criados o Corpo Expedicionário Português (CEP) e, mais tarde, o Corpo de Artilharia Pesada Independente (CAPI). A preparação do CEP tornou-se prioridade absoluta.

A mobilização do País para a guerra, convocando todos os recursos, humanos e materiais, ficou longe de suscitar o consenso, aumentando a contestação contra o governo e o envio de tropas para França, crescendo as divisões internas em todos os planos, incluindo dentro das Forças Armadas.
Confrontada com o aumento das dificuldades, as reações repressivas do poder político e policial, a população fez sentir a sua insatisfação e o seu desespero ao longo dos anos do conflito. Aos problemas decorrentes da natureza do tecido produtivo nacional e do elevado grau de dependência externa, acresciam os efeitos da pressão inflacionista, do esforço financeiro associado às despesas de guerra, dos montantes atingidos pelo endividamento interno e externo, arrastando o País para um contexto de crise económica e financeira, cujas consequências perduraram para além do fim do conflito.

Censura prévia de todas as publicações e da correspondência enviada para países estrangeiros e para as colónias, enquanto durar a guerra.
Dissolução de todas as organizações sindicais que se manifestaram contra a entrada de Portugal na guerra.




Portugal entra na 1ª Guerra Mundial pelas mãos da Inglaterra  


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