5 Centavos (Bronze)
KM# 572; AG - R.06.02
Autores: Francisco dos Santos e Alves do Rego.
Autores: Francisco dos Santos e Alves do Rego.
Características:Bronze (Cu 960; Zn 40)
Dia. 19 mm. Peso 3 gr; Bordo serrilhado; Eixo vertical
moedas emitidas: 7.260.000
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Dia. 19 mm. Peso 3 gr; Bordo serrilhado; Eixo vertical
moedas emitidas: 7.260.000
=//=
10 Centavos (Bronze)
KM# 573; AG - R.09.02
Autores: Francisco dos Santos e Alves do Rego.
Características: Bronze (Cu 960; Zn 240)
Dia. 22 mm; Peso 4 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 9.090.000
=//=
20 Centavos (Bronze)
KM# 574; AG - R.15.02
Autores: Francisco dos Santos e Alves do Rego.
Características: Bronze (Cu 960; Zn 40)
Características: Bronze (Cu 960; Zn 40)
Dia. 24 mm; Peso 5 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 19.700.643
=//=
50 Centavos (Bronze-Alumínio)
KM# 575; AG - R.19.02
Autor: José Simões de Almeida (Sobrinho)
Características: Bronze-Alumínio (Cu 950; Al 50)
Características: Bronze-Alumínio (Cu 950; Al 50)
Dia - 23 mm; Peso - 4 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 3.212.149 (1)
(1) A moeda de 50 centavos de 1925 é a segunda mais rara da república
Portuguesa depois do centavo de 1922, existem no mercado muitas moedas viciadas
da de 1926 e também muitas falsas provenientes da China, depois de muita
pesquisa vou resumir as aqui as minhas conclusões.
Decorriam anos difíceis e a escacês da matéria-prima
abundava, sendo o alumínio uma liga cara e escassa na época, as instruções era
de reduzirem a liga de alumínio no Bronze alumínio o que foi feito. Ao ficarmos
com uma liga mais económica mas mais dura tivemos uma fabricação de moedas das
mais complicadas que há conhecimento nos últimos anos, pois os cunhos não
aguentavam tal dureza e ao fim de pouco tempo em uso fendavam. Terá sido utilizado mais que um cunho? Parece que sim.
Nesse ano dada a
crise que se arrastava em Portugal, e motivado por um empréstimo cedido pela
Inglaterra. Portugal teve de entregar como caução à Inglaterra cerca de 50
toneladas de prata, e assim as moedas de prata retiradas de circulação.
A utilização dos cunhos de 1925 foi feita entre 18 de
Janeiro e 12 de Maio de 1926 e que se estima terem cunhado 3 212 149 ex. A recolha
total dos três anos (24, 25 e 26) foi de 75,5%, dessa percentagem, o número das
de 1925 poderá ser muito grande, dada a escassez dela atualmente.
O Banco de Portugal publicou em 2001, pela mão do Professor
Nuno Valério, um estudo num livro de 540 páginas, sobre todas as emissões do
escudo, de onde foram retirados estes dados.
A moeda de 50 centavos em bronze-alumínio, com peso de 4,00
g e diâmetro de 23mm, foi criada pelo Decreto-lei nº 9719, de 23 de Maio de
1924, para substituir todas as cédulas e notas de 1 escudo e de cinquenta
centavos então em circulação.
O total que este Decreto autorizou como limite de cunhagem,
para a moeda de $50, foi de 20 milhões de escudos, portanto 40 milhões de
moedas.
Destas novas moedas de 50 centavos foram emitidas
15.150.000 entre 1924 e 1927.
A emissão cessou nos termos do Decreto-lei nº 13797 de 21
de Junho de 1927 e as moedas de bronze-alumínio foram substituídas pelas de
alpaca, criadas pelo Decreto-lei 13797 de 21 de Junho de 1927.
As emissões indicadas pela Casa da Moeda são para os anos
económicos da contabilidade pública, iniciados em 1 de Julho de cada ano civil
e terminados em 30 de Junho do ano civil seguinte:
ANO CIVIL 1923-1924 = 150.000$00 = 300.000 moedas de 50
centavos
ANO CIVIL 1924-1925 = 255.000$00 = 510.000 moedas de 50
centavos
ANO CIVIL 1925-1926 = 3.678.000$00 = 7.356.000 moedas de 50
centavos
ANO CIVIL 1926-1927 = 3.492.000$00 = 6.984.000 moedas de 50
centavos
Total:…………….....…..= 7.575.000$00 = 15.150.000 moedas de 50
centavos
=//=
Portugal em 1925:
Em 1925 deu-se o maior escândalo financeiro da história do
escudo, Portugal ficou a conhecer, Artur Virgílio Alves dos Reis, foi certamente o
maior burlão da história portuguesa e possivelmente um dos maiores do Mundo.
Foi o cabecilha da maior falsificação de notas de banco da História: as notas de
500 escudos, em 1925. Cedo começaram as falsificações (desengane-se quem pensa
que as notas de 500 escudos foram a sua estreia). Em 1916, emigrou para Angola,
para tentar fazer fortuna. Aí, fez-se passar por engenheiro, falsificando um
diploma de Oxford, de uma escola politécnica que nem sequer existia.
Mas passemos o caso das notas de 500 escudos: foi durante o tempo da prisão
(a que foi condenado por ter tentado apoderar-se da companhia Ambarca passando
cheques sem cobertura) que Alves dos Reis concebeu o seu plano mais ousado. A
sua ideia era falsificar um contrato em nome do Banco de Portugal – o banco
central emissor de moeda, e que na altura era uma instituição parcialmente
privada o que lhe permitiria obter notas ilegítimas mas impressas numa empresa
legítima e com a mesma qualidade das verdadeiras.
Alves dos Reis preparou um contrato fictício e conseguiu que este contrato
fosse reconhecido notarialmente. Conseguiu ainda que o seu contrato fosse
validado pelos consulados da Inglaterra, da Alemanha e França. Traduziu o
contrato em francês e falsificou assinaturas da administração do Banco de
Portugal. Dirigiu-se a uma empresa de papel-moeda holandesa, mas esta
remeteu-os para a empresa britânica Waterlow & Sons Limited de Londres, que
era efectivamente a casa impressora do Banco de Portugal. O alegado objectivo
das notas era conceder um grande empréstimo para o desenvolvimento de Angola.
Cartas do Banco de Portugal para a Waterlow & Sons Limited foram também
falsificadas por Alves dos Reis.
Ao longo de 1925 começaram a surgir rumores de notas falsas, mas os
especialistas de contrafacção dos bancos não detectaram nenhuma nota que
parecesse falsa. A partir de 23 de Novembro de 1925, Alves dos Reis e os
negócios pouco transparentes do Banco de Angola e Metrópole começam a atrair a
curiosidade dos jornalistas de O Século – o mais importante diário português de
então. A burla é publicamente revelada em 5 de Dezembro de 1925 nas suas
páginas. Alves dos Reis é preso a 6 de Dezembro, quando se encontrava a bordo
do “Adolph Woerman” ao regressar de Angola. Surpreendentemente tinha apenas 28
anos nesse momento.
Nota de 500$00 falsificada por Alves dos Reis |
Foto de Alves dos Reis |
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