20/06/2016

Moedas das Ex-Colónias Portuguesas emitidas em 1927

Angola

Macuta 5 Centavos (Alpaca)

KM# 66; AG - AG.01.01
Autor: Alves do Rego (anv.); Francisco dos Santos (rer.)
Características: Alpaca (Cu 610, Zn 200, Ni 190)
Dia. 15 mm; peso 1,5g ; Bordo Serrilhado; Eixo Vertical
Moedas emitidas 2.002.600

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II Macutas 10 Centavos (Alpaca) 


KM# 67; AG - AG.02.01
Autor: Alves do Rego (anv.); Francisco dos Santos (rer.)
Características: Alpaca (Cu 610, Zn 200, Ni 190)
Dia. 20 mm; peso 2,5g ; Bordo Serrilhado; Eixo Vertical
Moedas emitidas 2.002.600

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IIII Macutas 20 Centavos (Alpaca)


KM# 68; AG - AG.03.01
Autor: Alves do Rego (anv.); Francisco dos Santos (rer.)
Características: Alpaca (Cu 610, Zn 200, Ni 190)
Dia. 24 mm; peso 4,5g ; Bordo Serrilhado; Eixo Vertical
Moedas emitidas 2.001.495

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50 Centavos (Alpaca)



KM# 69; AG - AG.14.01
Autor: Alves do Rego (anv.); Francisco dos Santos (rer.)
Características: Alpaca (Cu 610, Zn 200, Ni 190)
Dia. 30,5 mm; peso 10,5g ; Bordo Serrilhado; Eixo Vertical
Moedas emitidas 1.608.013

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Reforma Monetária - As Macutas


Na sequência das perturbações financeiras que afectavam o país e particularmente Angola foi realizada uma reforma monetária iniciada com o lançamento das cédulas da Junta da Moeda e continuada com a emissão das Macutas e das notas de Angolar por parte do Banco de Angola criado nesta ocasião. As principais razões para a grave crise angolana eram atribuídas a: falta de capital próprio nas empresas comerciais e industriais, dos colonos e funcionários estabelecidos na província; ao recurso imoderado ao crédito, liberalmente concedido pelo BNU sob a forma de descontas de contas correntes; o convencimento, da maior parte dos colonos de que tinham direito ao crédito e de que o BNU devia ter capacidade ilimitada de efectuar transferências de numerário; da inflação das emissões do BNU e sobretudo da Província em 1922-24; do empréstimo de dez milhões de escudos contraídos em 1922; do plano de fomento concebido e iniciado em 1921-22; das crises monetárias da metrópole; da autonomia financeira concedida de forma não preparada à colónia, a qual ficou com o encargo de todas as despesas ordinárias da sua administração e mais as do seu fomento; das manobras fraudulentas associadas ao Banco Angola e Metrópole.
O elevado descrédito do Escudo Angolano em relação ao Português (também em crise) observava-se pela diferença de valor (1 Escudo Angolano para 0,8 Escudos Português) situação agudizada pela inflação desproporcionada vivida em Angola secundária ao excesso de moeda em circulação (nomeadamente em papel).
Surge desta dificuldade a desvalorização da moeda angolana e para facilitação futura a criação do Angolar (que seria cambiado em paridade com o Escudo Português). Como descrito no Decreto 12124 de 14 de Agosto o Angolar subdividia-se em 100 Centavos (como o Escudo). Para as pequenas transacções diárias foi restabelecida uma antiga designação monetária, tradicional entre os indígenas, a macuta (1 macuta=5 centavos). A palavra Macuta derivava do Quimbundo, língua banta (Makuta). Este termo era nome dos célebre “panos”, tecidos de fibras vegetais que correram como moeda em Angola até 1694.
Moedas com o nome “macuta” inicialmente com o dístico “África Portuguesa”, foram cunhadas em 1762, no tempo do Marquês de Pombal.
De acordo com o decreto 12124 apenas as notas poderiam ser trocadas por dinheiro metropolitano (moeda principal com poder liberatório ilimitado). Assim, as moedas eram apenas moeda subsidiária e com poder limitado.
Assim, e de acordo com o decreto de 1926 foram emitidas em 1927 as moedas de Macutas com os seguintes valores: 1; 2; e 4 Macutas. No reverso a efígie da República a olhar para a esquerda e a legenda “REPUBLICA PORTUGUESA * era de cunhagem * ANGOLA”. Na mesma sequência foi ainda emitida a moeda de 50 centavos em alpaca. No anverso o brasão nacional ocupava todo o campo central, surgindo a legenda no bordo “CINCOENTA CENTAVOS * 50”. O reverso era semelhante às restantes.

 Nota de vinte Angolares 1927


Nota de CINCOENTA (cinquenta) Angolares 1927

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