01/12/2016

Moedas das Ex-Colónias Portuguesas emitidas em 1947

Índia Portuguesa

1 Tanga (Bronze)

KM# 24; AG - IN.02.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Bronze (Cu 950 Zn 30 Sn 20)
Dia. 25 mm; peso 6 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 1.000.000

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1/4 Rupia (Cuproníquel)

KM# 25; AG - IN.06.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Cuproníquel (Cu 750 Ni 250)
Dia. 19 mm; peso 2,8 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 800.000

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1/2 Rupia (Cuproníquel)

KM# 26; AG - IN.08.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Cuproníquel (Cu 750 Ni 250)
Dia. 24 mm; peso 5,6 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 600.000

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1 Rupia (Prata)

KM# 27; AG - IN.11.01
Autor: Marcelino Norte de Almeida
Características: Prata (Ag 500)
Dia. 30 mm; peso 12 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 900.000

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Emissão de 1947


Verificando-se em 1947 novamente falta de moeda circulante no território e a necessidade de emitir moeda com valor intrínseco mais adequado ao real valor da Rupia, foi autorizada nova emissão de moeda metálica. Mantiveram-se para os valores mais elevados o metal (prata) embora com teor bastante inferior (Ag 500), nos valores mais baixos voltou a ser utilizada ligas de cobre (incluindo-se nestes valores a ½ rupia). Nesta data foi ainda decretada a recolha das anteriores moedas de prata de 1 e ½ rupia. As novas moedas diferenciavam-se das antecessoras para além da composição da liga utilizada pelo desenho, dado que desde 1935 tinha sido alterado o brasão de armas da colónia. Nas moedas de mais baixo valor enquanto numa face surgia no campo o brasão de armas da colónia com a legenda “Estado da Índia – 1947” na outra surgia no campo o valor com a legenda “República portuguesa”. Esta Emissão teve autoria de Marcelino Norte de Almeida.

Brasão de Armas da Colónia Portuguesa da Índia
O Brasão de Armas do Estado da Índia Portuguesa sofreu alterações em 1935. Com a estrutura habitual dos brasões das colónias portuguesa: brasão tripartido colocando-se à dextra cinco escudetes de azul cada um com cinco besantes em fundo de prata simbolizando a metrópole, em baixo cinco ondas verdes em fundo de prata simbolo da união dos territórios e à sinistra o elemento específico da colónia. Assim, no Estado da Índia até 1935 figurava em fundo prata a imagem de navegador quinhentista com escudo com cinco besantes. Esta composição muito ligada ao tempo dos descobrimentos foi alterada nessa data por uma composição sob fundo de ouro composta em baixo por torre vermelha encimada por roda de tortura a negro. Esta composição era uma clara alusão ao martírio de Santa Catarina. De acordo com a lenda Santa Catarina foi chamada à presença do imperador Maximino Daia perseguidor de cristãos. Santa catarina acusa-o de ser cruel e de venerar falsos deuses, pelo que, o imperador mandou prendê-la no cárcere até que viessem os 50 maiores sábios do mundo e a humilhassem por causa da sua argumentação aparentemente simples. Quando chegaram, os sábios riram-se do imperador por tê-los convocado para contra argumentar com uma simples menina de dezoito anos. Porém, o imperador deu ordens que a convertessem ao paganismo e como castigo em caso de falha na missão os condenaria à morte. Catarina foi no entanto, demasiado eloquente e persuasiva conseguindo converter todos os sábios. Frustrado, o imperador mandou prender e torturar Catarina na masmorra. Aí a Santa terá recebido visitas da esposa do imperador, a qual converteu, à semelhança de todos os guardas com quem se cruzava. Mais enfurecido ainda, o imperador mandou assassinar os sábios e sua esposa, lançou os guardas aos leões no Coliseu, condenando por fim Santa à morte lenta na roda de tortura por mutilação. Mas, quando foram amarrar Catarina na roda, ela fez o sinal da cruz e a roda quebrou-se. Perto do final da sua execução diz a lenda que Santa Catarina pediu intersecção por todos os quantos pedissem algo a Deus. Diz por fim a lenda, que quando morreu (por decapitação) jorrou leite em vez de sangue, sendo essa a causa de ser intercessora das aleitantes. O corpo de Catarina desapareceu milagrosamente, sendo transportado por anjos para o topo de Jebel Katerina, o pico mais alto da península do Sinai. Três séculos mais tarde, o seu corpo, incorrupto, foi encontrado por monges e levado para o Mosteiro da Transfiguração, onde algumas das suas relíquias e o seu nome perduram até hoje.

Brasão de Armas da Colónia Portuguesa da Índia

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