12/03/2016

Moedas de Portugal emitidas no ano de 1919

4 Centavos (Cuproníquel)

KM# 566; AG - R.04.02
Autores:Alves do Rego e Francisco dos Santos.
Características: Cuproníquel (750Ni 250)
Dia. 25 mm; Peso 7 g; Bordo liso; Eixo vertical
Moedas emitidas: 10.066.673

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Portugal em 1919:


Salazar e Cerejeira são suspensos de professores da Universidade de Coimbra e mais tarde reintegrados.
Acentua-se a instabilidade política e os movimentos grevistas. 
O Ministro socialista do Trabalho abandona o Executivo em desacordo com a política repressiva. 
A escolaridade obrigatória passa para 5 anos.
A GNR, a guarda do regime republicano, aumenta os efectivos para 18 956 homens, tendo começado em 1911 com cerca de 5.000 homens.
O Papa reconhece a República Portuguesa. 
É assinado em Versalhes o Tratado de Paz com a Alemanha. 

É proclamada a "Monarquia do Norte", também conhecida por "Monarquia do Monte Pedral" ou "Reino da Traulitânia", devido à acção violenta dos trauliteiros monárquicos que perseguiram os republicanos, nos vinte e cinco dias que durou este movimento. Tropas do Porto, proclamaram a restauração da monarquia. A bandeira azul e branca flutuou no Porto, Viana do Castelo, Guimarães, Bragança, Braga, Lamego, Viseu e Vila Real. Chaves resistiu. Aveiro continuou republicana. A Junta Governativa começou logo a legislar, sendo de referir as medidas de ordem simbólica, numa tentativa de "apagar a República", substituindo o hino, a bandeira e a moeda. Depois de sufocada a revolta monárquica no sul, os republicanos atacam a Monarquia do Norte. As vitórias republicanas sucedem-se: dia 27 de Janeiro em Águeda; a 10 de Fevereiro tomam Lamego; a 11, Estarreja; a 12, Oliveira de Azeméis e Ovar. Antes das tropas republicanas chegarem ao Porto, a 13 de Fevereiro de 1919, um levantamento na "Guarda Real" (como fora designada a Guarda Republicana) desfraldaria a bandeira verde rubra.

A 2 de Julho de 1919 teve inicio a greve do pessoal da Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro. A greve do pessoal dos Caminhos de Ferro foi bastante longa, durando cerca de dois meses, até Setembro, afectando as ligações ferroviárias nacionais, sobretudo na parte central do país e ainda as linhas internacionais. Várias eram as suas reivindicações, mas pode salientar-se a questão do salário que se queria aumentado e a exigência do direito à previdência e subsídio familiar. No início da greve os grevistas praticaram actos de "sabotagem" de modo a impedir o normal funcionamento dos comboios e a sua circulação e, mais tarde, rebentariam ainda bombas na Estação do Rossio. Para evitar descarrilamentos ou outros actos de sabotagem, o governo obrigou grevistas a viajarem num vagão aberto à frente da locomotiva. Este ficou conhecido como o "vagão fantasma".
Efeitos da greve na estação de Santa Apolónia em Lisboa
Descarrilamento provocado à saída do túnel de Xabregas 
 Descarrilamento provocado perto do Entroncamento

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