23/05/2017

Moedas de Portugal emitidas no ano de 1961

X Centavos (Bronze)

KM# 583; AG - R.10.21
Autor: Marcelino Norte Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30 Sn 20)
Dia. 17,5 mm; peso 2 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 5.020.000

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XX Centavos (Bronze)

KM# 584; AG - R.16.16
Autor: Marcelino Norte Almeida
Características: Bronze (Cu 950, Zn 30 Sn 20)
Dia. 20,5 mm; peso 3 g ; Bordo Liso; Eixo Horizontal
Moedas emitidas 5.180.000

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50 Centavos (Alpaca)

KM# 577; AG - R.20.22
Autor: Simões de Almeida
Características: Alpaca (Cu 610 Zn 200 Ni 190)
Dia. 22,8 mm; peso 4,5 g ; Bordo Serrilhado; Eixo Vertical
Moedas emitidas 3.324.000

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1 Escudo (Alpaca)

KM# 578; AG - R.25.17
Autores: José Simões de Almeida e Alves Rego.
Características: Alpaca (Cu 610; Zn 200; Ni 190)
Dia. - 26,8 mm; Peso 8 g; Bordo serrilhado; Eixo vertical
Moedas emitidas: 2.505.000

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Portugal em 1961:


1961 foi um ano marcante para a história do Estado Novo. As hostilidades contra a presença portuguesa, no Ultramar, começaram em Angola, a 4 de Fevereiro de. O Governo criou um imposto sobre consumos considerados supérfluos ou de luxo, com a finalidade de financiar o esforço de guerra.

A Santa Casa da Misericórdia começa a organizar e a explorar, em regime de exclusividade para a metrópole e para o ultramar, os concursos de apostas mútuas desportivas.

Face às dificuldades em que se debatia a produção de cereais, são promulgadas várias medidas relacionadas com o funcionamento da cultura do trigo, destinadas a atenuar a situação do sector.

O navio de passageiros português Santa Maria que largara do porto de Curaçao, nas Caraíbas, rumo a Miami, com 600 passageiros, foi tomado de assalto na madrugada de 22 de janeiro de 1961. Um punhado de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis, comandados pelo famoso oposicionista capitão Henrique Galvão, pretendia um golpe político-militar (que no limite seria conquistar o poder em Angola). Falharam tudo, menos o golpe publicitário contra Salazar.

No início de 1961, o navio “Santa Maria” era um dos dois maiores e melhores paquetes portugueses, propriedade da “Companhia Colonial de Navegação”, havia sido construído em 1952 e comportava 1242 passageiros. Navegava, geralmente, para as Américas do Sul, Central e do Norte.
Assim, foi com imensa surpresa que o Mundo tomou conhecimento de que, na sua viagem de Janeiro desse ano, o navio fora assaltado, por um grupo armado de homens, quase todos estrangeiros, comandados pelo Capitão Henrique Galvão, dissidente do regime português. O luxuoso paquete “Santa Maria” navegava nos mares das Baamas, na América Central, sob o comando do Capitão Mário Simões Maia, e havia passado por diversos portos da América do Sul.
Figura quase desconhecida do “grande público português”, o Capitão Henrique Costa Mata Galvão (1895-1970), havia sido um fiel servidor do Estado Novo, onde, para além de ter sido Deputado, fora Governador de Huíla, Angola, tendo sido, contudo, punido, em 1952, com 18 anos de prisão — donde se evadiu em 15-1-1959. Escrevera um relatório no qual denunciava haver “escravatura” nas Colónias Portuguesas. Era defensor de uma política de liberalização dos territórios ultramarinos que Portugal recusava.
Os assaltantes tomaram conta do navio e dominavam-no totalmente. Embora o Presidente Americano, John F. Kennedy, que havia sido empossado 2 dias antes, estivesse contra a política colonial portuguesa, foram os aviões e navios da marinha de guerra americana que descobriram o “Santa Maria” e o escoltaram até ao porto do Recife, no Brasil, onde o navio desembarcou os passageiros em 2 de Fevereiro. Estes seguiram viagem no “Vera Cruz”, da mesma Companhia, a fim de completarem a sua viagem. Os assaltantes receberam asilo político no Brasil. 

Santa Maria rebatizado de Santa Liberdade  
Henrique Galvão, de perfil, fala aos jornalistas, a bordo do Santa Maria
Santa Maria atracado em Lisboa

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